Redes Colaborativas Nacionais e Internacionais
Rede das Escolas Associadas da UNESCO Magalhânicas
Desde a sua criação, em 1945, a missão da UNESCO tem sido a de contribuir para a construção da paz, erradicação da pobreza, o desenvolvimento sustentável e o diálogo intercultural, tendo a educação como uma das suas principais atividades para alcançar este objetivo. A UNESCO tem o compromisso de possuir uma visão holística e humanística da educação de qualidade em todo o mundo, o direito à educação, desempenhando um papel de qualidade no desenvolvimento humano, social e económico.
A UNESCO assegura a liderança global e regional na educação a fim de fortalecer os sistemas de ensino em todo o mundo desde a infância até à idade adulta, para responder aos desafios globais, através da educação. Como única agência das Nações Unidas com mandato para trabalhar esta temática, o trabalho da UNESCO e da Rede SEA abrange o desenvolvimento da educação desde o pré-escolar até ao ensino superior, incluindo o ensino técnico e profissional e de formação, e a educação não-formal.
A Rede de Escolas Associadas da UNESCO, criada em 1953 (a mais antiga Rede da UNESCO), com 11.500 estabelecimentos de ensino espalhados em 182 Estados, prossegue de forma ativa o ideário e os princípios estabelecidos no Ato Constitutivo da UNESCO. Devem concentrar-se no “quarto pilar da educação – aprender a viver juntos” tal como definido no relatório Delors.
Rede de Escolas Magalhânicas
Constitui um dos objetivos do Programa para as Comemorações do V Centenário da primeira viagem de Circum-navegação comandada por Fernão de Magalhães estimular a criação de uma Rede de Escolas Magalhânicas (REM), através da disponibilização de uma plataforma digital única, com vista a constituir-se como um espaço de intercâmbio internacional.
A REM visa envolver alunos e docentes das Cidades de Magalhães, permitindo a partilha de conhecimentos, de experiências e de materiais didáticos, de modo a reforçar o interesse pelas personagens e pelos episódios da história da expansão marítima assim como tenciona, igualmente, promover a inovação pedagógica, que induza a novas formas de aprendizagem, e ao sucesso educativo, numa perspetiva humanista e inclusiva, enraizada nos princípios da Autonomia e Flexibilidade Curricular.
Com a criação da REM pretende-se constituir um espaço de partilha e disseminação de conhecimento e de intercâmbio entre estabelecimentos públicos de educação e ensino (Agrupamentos de Escolas, Escolas Não Agrupadas, Escolas de Ensino Artístico Especializado, Escolas Profissionais, Escolas Portuguesas no Estrangeiro, Escolas do Ensino Particular e Cooperativo e as demais Escolas que integram a Rede Mundial de Cidades Magalhânicas), promotora do legado da primeira viagem de circum-navegação.
Rede Mundial de Cidades de Magalhães
Há cinco séculos, graças às viagens de expansão marítima, os mares e oceanos tornaram-se um importante meio que favoreceram múltiplos contatos entre povos muito distantes, e com isso a primeira interpretação prática do multiculturalismo. Entre essas viagens, destaca-se a primeira Circum-Navegação da Terra promovida por Fernão de Magalhães e culminada por Juan Sebástian Elcano, considerado o maior feito náutico realizado pela humanidade.
A partir desse momento, surgia o conceito de globalidade, inconscientemente, mas de forma retumbante. Esta globalidade deu caráter às expansões comerciais, religiosas, culturais e, consequentemente, militares e políticas. Embora a epopeia daquela viagem não tenha servido para amortizar um Império que crescia sem medida, nem sequer foi suficiente para custear as despesas da viagem, contudo, contribuiu para o maior avanço já obtido até então: a confirmação definitiva da redondeza do planeta e a universalização do conhecimento.
Hoje, como no século XVI, o mundo encontra sintomas de asfixia existencial: crise económica, guerras, crises energéticas e alimentares, mas sobretudo uma crise de valores, daí a necessidade de recuperar velhos princípios e desenvolver novos. Aqueles que orientam a bússola social para modelos globais mais participativos e solidários. Esses tempos exigem esforços imaginativos que mais uma vez promovam a universalização do conhecimento sem desfalcá-lo.
A Comemoração do V Centenário da Primeira Circunavegação do Mundo é uma efeméride tão importante quanto a extensa e exaltada é memória que, em todo o mundo, se tem da mesma.
Neste sentido, a criação da Rede Mundial de Cidades de Magalhânicas reforça a visão simbólica e estratégica do referido acontecimento histórico e promove as formas de compreensão e colaboração de um mundo repleto de diversidades, mas também tendendo à unificação de critérios e valores.
O objetivo da Rede Mundial de Cidades de Magalhães é, assim, dar forma a uma frente comum e constituir uma rede de cooperação entre as várias cidades envolvidas.
Rede Mundial de Universidades Magalhânicas - Pela Pesquisa, a Ciência e a Cultura
A Rede Mundial de Universidades Magalhânicas (RUMA) constitui uma plataforma científica e académica criada em torno do aniversário do V Centenário da primeira viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães.
A RUMA é formada por académicos e cientistas, professores, universidades e centros de pesquisa e formação que marcam o percurso histórico da viagem e que estão relacionados. Os investigadores e professores das universidades realizam um trabalho em REDE cujo objetivo principal é analisar e divulgar o impacto da navegação na construção do mundo global até aos dias de hoje.
Nesta REDE académica universitária, que reúne mais de 60 cientistas de 20 universidades e centros de investigação e formação, de dez países e de cinco continentes, coordenam-se estudos, análises e contribuições de saberes e conhecimentos, abrangendo o mais extenso catálogo de disciplinas científicas, que incluem desde história, património artístico e cultural, geografia, etnografia, arquitetura, antropologia, literatura e linguística, ciências naturais, náuticas … até oceanografia, climatologia ou biologia marinha. E que se relacionam entre os espaços europeus, africanos, americanos e asiáticos ligados a partir desta viagem. Se somarmos o ORCID (Open Researcher and Contributor ID) do conjunto dos pesquisadores da RUMA como um todo, e o peso académico dos centros a que pertencem, é inquestionável que esta é uma das mais poderosas Redes Académicas da atualidade, com distribuição de pesquisadores e internacionalização de estudos, em escala mundial, que a torna única
É função da RUMA planear o programa de trabalho, ou desenvolver os já em curso, em estreita colaboração com as instituições locais, regionais, nacionais e internacionais associadas à candidatura, em todos os domínios acima mencionados e outros que possam surgir, a partir de iniciativas, ideias, projetos ou linhas de interesse, apresentadas por cada um dos académicos, cientistas e professores das universidades e centros de pesquisa que compõem a RUMA.
Universidades e Centros de Pesquisa com professores e pesquisadores atualmente integrados na REDE (2022):
Portugal | |
Universidade Nova de Lisboa| FCSH | |
Universidade de Lisboa | FLUL | |
Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro | |
Politécnico do Porto | |
Academia de Marinha | |
Cátedra Unesco “O Património Cultural dos Oceanos” | FCSH – Universidade Nova de Lisboa |
Espanha | |
Universidad de Sevilla | |
Universidad Pablo de Olavide | |
Universidad Loyola Andalucía | |
Universidad de Cádiz | |
Universidad de La Laguna | |
Universidad de Las Palmas de Gran Canaria |
Cabo Verde | |
Universidade de Cabo Verde |
Brasil | |
Universidade Federal Fluminense |
Uruguai | |
Universidad Católica del Uruguay | |
Universidad de la República |
Argentina | |
Universidad de Buenos Aires | |
Universidad Nacional de la Patagonia Austral |
Chile | |
Universidad de Magallanes | |
Universidad Austral de Chile | |
Universidad de San Sebastián |
Guam | |
University of Guam |
Filipinas | |
University of Cebu |
Timor Leste | |
Universidade Nacional Timor Lorosa’e |